Mudanças entre as edições de "Arduhisto"
(2 revisões intermediárias pelo mesmo usuário não estão sendo mostradas) | |||
Linha 4: | Linha 4: | ||
O histotécnico é um aparelho de automação para laboratórios. Simples, básico e amplamento utilizado para o processamento inicial de material para a confecção de lâminas histológicas. Esse processamento é feito numa série de 12 recipientes para banhos com reagentes líquidos (Álcool e xilol em diferentes concentrações e parafina aquecida entre 55 e 60 oC), onde o material processado muda de um banho para o outro conforme o protocolo de processamento e o tempo programado, que pode ir de poucos minutos a uma hora, de acordo com o tipo do tecido. Cada troca, e portanto o tempo de permanência do material mergulhado em cada reagente, pode ter seu tempo pré-determinado, somando 12 trocas. |
O histotécnico é um aparelho de automação para laboratórios. Simples, básico e amplamento utilizado para o processamento inicial de material para a confecção de lâminas histológicas. Esse processamento é feito numa série de 12 recipientes para banhos com reagentes líquidos (Álcool e xilol em diferentes concentrações e parafina aquecida entre 55 e 60 oC), onde o material processado muda de um banho para o outro conforme o protocolo de processamento e o tempo programado, que pode ir de poucos minutos a uma hora, de acordo com o tipo do tecido. Cada troca, e portanto o tempo de permanência do material mergulhado em cada reagente, pode ter seu tempo pré-determinado, somando 12 trocas. |
||
+ | O material pronto para processamento são fragmentos de tecidos de no máximo 3 x 2 x 0,5 centímetros, de tamanho compatível para o cassete histológico. Os cassetes são colocados juntos dentro de um cesto com furos. |
||
⚫ | |||
+ | |||
+ | [[arquivo:M490.jpg|right|thumb|200px|Cassestes histológicos]] |
||
+ | |||
⚫ | |||
A cada tempo pré-derterminado os guindastes sobem e fazem os cestos com os cassetes dentro subirem também, e depois giram alguns graus até a boca do próximo copo e descem para levar o material para mergulhar na próxima caneca com o próximo reagente do protocolo. |
A cada tempo pré-derterminado os guindastes sobem e fazem os cestos com os cassetes dentro subirem também, e depois giram alguns graus até a boca do próximo copo e descem para levar o material para mergulhar na próxima caneca com o próximo reagente do protocolo. |
||
Existem dois tipos básicos de histotécnico: em carrossel (ou aranha) e o linear. |
Existem dois tipos básicos de histotécnico: em carrossel (ou aranha) e o linear. |
||
Linha 23: | Linha 27: | ||
Portanto, e por experiência própria, a falta do histotécnico resulta numa perda de tempo e atraso no resultados dos exames, e ainda coloca em risco a saúde dos técnicos do laboratório. |
Portanto, e por experiência própria, a falta do histotécnico resulta numa perda de tempo e atraso no resultados dos exames, e ainda coloca em risco a saúde dos técnicos do laboratório. |
||
− | [[Ophidean_paramyxovirus_(OPMV)_-_Pneumonia_proliferativa_e_inclusões.jpg|right|thumb|O tecido no final de todos os processos fica assim, no microscópio |
+ | [[arquivo:Ophidean_paramyxovirus_(OPMV)_-_Pneumonia_proliferativa_e_inclusões.jpg|right|thumb|O tecido no final de todos os processos fica assim, no microscópio...por curiosidade isso é um pulmão de serpente com pneumonia viral(Ophidean paramyxovirus)]] |
Edição atual tal como às 21h02min de 13 de maio de 2014
Histotecnico de arduino
O que é
O histotécnico é um aparelho de automação para laboratórios. Simples, básico e amplamento utilizado para o processamento inicial de material para a confecção de lâminas histológicas. Esse processamento é feito numa série de 12 recipientes para banhos com reagentes líquidos (Álcool e xilol em diferentes concentrações e parafina aquecida entre 55 e 60 oC), onde o material processado muda de um banho para o outro conforme o protocolo de processamento e o tempo programado, que pode ir de poucos minutos a uma hora, de acordo com o tipo do tecido. Cada troca, e portanto o tempo de permanência do material mergulhado em cada reagente, pode ter seu tempo pré-determinado, somando 12 trocas.
O material pronto para processamento são fragmentos de tecidos de no máximo 3 x 2 x 0,5 centímetros, de tamanho compatível para o cassete histológico. Os cassetes são colocados juntos dentro de um cesto com furos.
Os recipientes, ou “canecas”, com os reagentes líquidos são copos de vidro ou plástico de 1 a 2 L. O histotécnico mais simples funciona como um carrossel, os canecos dispostos como números de um relógio, 12 guindastes, um para cada caneca, e um cesto furado onde vão os tecidos com cassetes. A cada tempo pré-derterminado os guindastes sobem e fazem os cestos com os cassetes dentro subirem também, e depois giram alguns graus até a boca do próximo copo e descem para levar o material para mergulhar na próxima caneca com o próximo reagente do protocolo. Existem dois tipos básicos de histotécnico: em carrossel (ou aranha) e o linear.
Quem usa?
O histotecnico é usado nas áreas de histologia ou histopatologia por técnicos de histotecnologia. Em laboratórios de análise histopatológica (de animais ou humanos) ele é usado principalmente para processamento materiais de biópsia, como por exemplo, para saber se um tumor é benigno ou maligno. E também na pesquisa, onde a histologia pode ser aplicada em todas as áreas das biológicas, devido a técnica final permitir uma análise de imagem microscópica rigorosa de tecidos integros e as vezes computadorizada das alterações das células e dos tecidos. Dentro das universidades, os laboratórios de histopatologia fazem os dois tipos de serviço, a rotina, de materiais de biópsias, necropsias e autopsias, que são encaminhados de clínicas e hospitais da região e geralmente são analisados por residentes e especialistas da área de anatomia patológica e da pesquisa, em projetos dos alunos da pós graduação.
Porque fazer?
Apesar de muito simples, o histotécnico, assim como qualquer aparelho de laboratório, é ridiculamente caro. Os mais baratos podem custar 10mil reais e os mais sofisticados, mais de 150mil...euros! Nós sabemos da realidade das universidades brasileiras, e aí não é difícil concluir que nem todos os laboratórios têm recursos para a compra do aparelho. O jeito encontrado foi de trocar os reagentes “na mão” com um cronômetro do lado, o que é uma perda de tempo para os técnicos do laboratório. Enquanto isso, o aparelho automatizado pode fazer todo o serviço de noite, dando tempo para a os técnicos, durante o dia, fazerem outras atividades que não podem ser automatizadas. Mas não é só isso, os reagentes líquidos são voláteis, tóxicos e cancerígenos! Portanto, e por experiência própria, a falta do histotécnico resulta numa perda de tempo e atraso no resultados dos exames, e ainda coloca em risco a saúde dos técnicos do laboratório.