Mudanças entre as edições de "Discussão Sobre o Problema do Aedes"

De Garoa Hacker Clube
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A discussão ainda está em andamento e de alguma maneira tudo será melhor formalizado até a submissão para algum edital.
 
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Edição atual tal como às 01h06min de 29 de janeiro de 2016

A Discussão

Essa é uma página criada no Dumont Hackerspace na Campus Party 2016 para registro das discussões sobre o assunto no evento e fora dele - que já aconteciam nos encontros de Biohacking no Garoa. A discussão surgiu em Janeiro de 2016 para a submissão relâmpago para um edital do British Council - que não foi bem sucedido devido a problemas com a parceria com a USP.

A ideia era submeter um projeto que propusesse uma abordagem diferente para o combate à propagação de doenças virais transmitidas pelo Aedes aegypti. A discussão continua para submissão em outros editais, como o VaiTec da ADESAMPA.

O Problema

Todos estão cansados de saber que o Aedes aegypti é um problema. Mas mesmo assim todo começo de ano é a mesma história: epidemias de dengue pelo país - e agora também epidemias dos novos dois produtos lançados no mercado pelo mosquito listrado: Zika e Chikungunya ("Chicungunha").

Com os crescentes casos de microencefalia no país e a grande correlação com as epidemias do vírus Zika, achamos que devemos fazer alguma coisa já que está tudo em via expressa de ir pro brejo. Então nos perguntamos, o que nós, criaturas estranhas da natureza, podemos fazer a respeito com nosso ativismo "hacker"/"biohacker"/"whateverhacker"/...

É um consenso geral na discussão que o problema de verdade mesmo está em principalmente políticas públicas efetivas de se monitorar a propagação dos focos de doença - a não ser as políticas preventivas de evitar água parada e tudo mais. Eliminar focos de doença não vão resolver o problema 100%, mas que ajuda bastante, isso ajuda; então não deixem de fazer o que a televisão fica enchendo o saco para que todos façam.

E por falar em "as pessoas fazerem a parte delas", esse é outro ponto que as discussões giraram em torno. É efetivo esperar que a população faça a parte dela? Qual é a responsabilidade da população e qual é a do Estado? O engajamento popular pode ser maior? Muitas perguntas. Mas de um modo geral, sendo responsabilidade das pessoas ou não, é fato que a participação popular é bem útil.

As grandes questões que ficam então são: "como podemos melhorar como o monitoramento demográfico dessas doenças é feito"? e "como podemos melhorar a participação popular?".

As Grandes Questões

Quais são as hipóteses que tomamos para responder essas grandes questões:

  1. 1 Temos que acreditar na preguiça das pessoas. Sim, elas não vão ser participativas se der trabalho. Então seria uma boa ideia tornar o processo de participação popular mais fácil em vez de ficar exigindo de uma grande parte da população além daquilo que ela possa dar.
  2. 2 O monitoramento da propagação das doenças precisa ser mais rápido e com mais dados. Muitos dados. Porque é bem impossível achar que, na melhor das hipóteses com uma equipe de dezenas de pessoas, seja possível avaliar com eficiência necessária onde o vírus está numa extensa área territorial urbana.
  3. 3 Monitorar o vírus pelo mosquito é uma ideia mais agradável do que esperar que as pessoas fiquem infectadas e manifestem sintomas fortes o suficiente para levá-las a um hospital público, onde quiçá serão avaliadas como pessoas infectadas por alguns dos vírus, já que a manifestação dos sintomas pode variar por indivíduos (o quanto? alguém sabe?). Não que avaliar a presença dos vírus na população seja ruim, mas focar somente nisso talvez não seja a melhor das abordagens

Coisas Notáveis Que Têm Sido Feitas Para Resolver O Problema

Mosquitos Geneticamente Modificados

Provavelmente a Panaceia para o problema dos vírus transmitidos pelo Aedes. Quem não gosta de Organismos Geneticamente Modificados não vai ver com bons olhos a ideia, mas que ela resolve, resolve! Pesquisadores ingleses desenvolveram um mosquito modificado que ao cruzar com os mosquitos "selvagens" produzem criam que morrem antes de chegarem à fase adulta, diminuindo drasticamente a população de mosquitos Aedes (em, por exemplo, 80%). A empresa que faz isso no Brasil já obteve aval do Conselho Nacional de Biossegurança só que ainda precisa de aval da ANVISA para comercializar o produto.

Plataforma Crowdsourced

Há uma plataforma open-source chamada Crowdcrafting que pode ser utilizada para coletar dados "crowdsourçados". Ao entrar no site há vários exemplos, mas no caso do problema do Aedes, há um projeto Espanhol que usa um aplicativo em associação com essa plataforma para avaliar focos dos mosquitos.

Mapa dos Mosquitos

No Brasil há essa empresa que espalha armadilhas de mosquitos por cidades, faz um "mapa do mosquito" e analisa amostras para avaliar a presença de vírus. Muito legal.

Ideias Para Trabalhar as Grandes Questões

  • Seria possível fazer um "mapa do mosquito" mais eficiente que o mostrado anteriormente (com mais dados) através de crowdsourcing?
  • Seria possível coletar amostras crowdsourced de mosquitos para analisar a presença de vírus?
  • E se usássemos uma plataforma crowdsourced num estilo mais "gameficada", para engajar mais a população?
  • Temos que ir nos locais mais vulneráveis à propagação da doença e perguntar o que as pessoas acham!
  • Podíamos fazer atividades de Biohacking para analisar amostras de mosquitos e fazer workshops como atividades de promoção do uso dos aplicativos de celular para a plataforma crowdsourced.
    • E se além disso fizéssemos workshops de como montar armadilhas de mosquito?

Status da Discussão

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