Mudanças entre as edições de "Brassagem Hacker"

De Garoa Hacker Clube
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Um clube para quem curte cerveja artesanal e tem vontade de aprender a fazer. Também é a fonte da cerveja do Garoa, que como toda boa cerveja artesanal, é extremamente mais barata e de melhor qualidade do que aquele líquido amarelado translúcido que costuma a ser vendido em recipientes com o rótulo de "cerveja".
 
Um clube para quem curte cerveja artesanal e tem vontade de aprender a fazer. Também é a fonte da cerveja do Garoa, que como toda boa cerveja artesanal, é extremamente mais barata e de melhor qualidade do que aquele líquido amarelado translúcido que costuma a ser vendido em recipientes com o rótulo de "cerveja".
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== A cerveja hacker do Garoa ==
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Por óbvio que seja, a primeira pergunta que vem à mente é: “mas que diabos é uma cerveja hacker?”, é apenas cerveja, só que melhor, artesanal, feita com cuidado e conhecimento. Ao hackear o processo cervejeiro percebemos duas coisas: é fácil fazer cerveja, com um mínimo de cuidado o intento terá êxito; além disso, o que você fará é uma excelente cerveja, pronta a disputar com as melhores do mercado e milhas de distância da água turva que chamamos de cerveja por falta de conhecimento.
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Ao hackear a cerveja vai perceber que se vende nos supermercados com nome de cerveja um produto fraco, aguado e que só pode ser bebido extremamente gelado pois caso contrário fica horrível, ao conhecer o processo e fazer sua própria cerveja perceberá que há mais no universo da cerveja do que um mata-sede com um pouco de álcool; pode ser uma bebida rica, com sabores complexos, densidade e uma enorme variedade de sabores. Mas até aqui vimos apenas a diferença entre cerveja comercial e artesanal, há mais na cerveja hacker: o conhecimento e como ele é passado. Hackear implica conhecer os processos pelo qual cevada, fermento, lúpulo e água viram cerveja; mas não apenas saber, aperfeiçoar e melhorar. E tudo isso é feito junto, pensando e discutindo, aprendendo com quem sabe e ensinando a quem não sabe.
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A cerveja hacker do Garoa não é apenas fazer cerveja, mas compartilhar, trabalhar juntos para conseguir um resultado e aperfeiçoar, dominar o conhecimento e aprender mais, sempre mais. Hacker não tem título nem cara, tem conhecimento, e é julgado apenas pelo seu hack, no caso a cerveja que se produz. O Garoa é um espaço único com pessoas extremamente qualificadas, que fazem as coisas pelo prazer de fazer, e é isso que importa, e justamente por isso encontrará pessoas únicas que não estão preocupadas em ascender a títulos muitas vezes duvidosos, mas apenas em crescer em conhecimento prático que possa ser usado, por isso um espaço para fazer junto é importante, é essa congregação de pessoas, competências, paixões e resultados que culmina com algo real, uma boa cerveja, um excelente hack e muita diversão.
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O hacking cervejeiro do Garoa é aberto a todos, basta achegar-se, observar e ir participando, não é um curso formal, aprende-se de forma dialética e prática, fazendo e perguntando, é bastante aberto mas funciona, e depende de você fazer funcionar, comece a ajudar, pergunte, ouça, participe e não fique parado, é um grupo buscando conhecimento. Contribua com o que tem e passe adiante o que aprendeu, depois de algumas “sessions” saberá mais do que quando entrou pela primeira vez e haverá novatos a quem seu novo conhecimento deve ser passado, se não sabe alguma coisa não tenha vergonha de perguntar e não fale o que não sabe, pergunte até conhecer bem, é esta atitude franca e frontal em relação ao conhecimento que deve ter um hacker, e assim, em bases sólidas sobre conhecimento podemos aperfeiçoar a nossa cerveja; e se ninguém souber responder, vamos procurar juntos a resposta. Este é o espírito do Hakerspace.
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== Como surgiu ==
 
== Como surgiu ==

Edição das 13h03min de 11 de junho de 2015

Rótulo da Cerveja "Oficial" do Garoa Hacker Clube.


O que é

Um clube para quem curte cerveja artesanal e tem vontade de aprender a fazer. Também é a fonte da cerveja do Garoa, que como toda boa cerveja artesanal, é extremamente mais barata e de melhor qualidade do que aquele líquido amarelado translúcido que costuma a ser vendido em recipientes com o rótulo de "cerveja".


A cerveja hacker do Garoa

Por óbvio que seja, a primeira pergunta que vem à mente é: “mas que diabos é uma cerveja hacker?”, é apenas cerveja, só que melhor, artesanal, feita com cuidado e conhecimento. Ao hackear o processo cervejeiro percebemos duas coisas: é fácil fazer cerveja, com um mínimo de cuidado o intento terá êxito; além disso, o que você fará é uma excelente cerveja, pronta a disputar com as melhores do mercado e milhas de distância da água turva que chamamos de cerveja por falta de conhecimento.

Ao hackear a cerveja vai perceber que se vende nos supermercados com nome de cerveja um produto fraco, aguado e que só pode ser bebido extremamente gelado pois caso contrário fica horrível, ao conhecer o processo e fazer sua própria cerveja perceberá que há mais no universo da cerveja do que um mata-sede com um pouco de álcool; pode ser uma bebida rica, com sabores complexos, densidade e uma enorme variedade de sabores. Mas até aqui vimos apenas a diferença entre cerveja comercial e artesanal, há mais na cerveja hacker: o conhecimento e como ele é passado. Hackear implica conhecer os processos pelo qual cevada, fermento, lúpulo e água viram cerveja; mas não apenas saber, aperfeiçoar e melhorar. E tudo isso é feito junto, pensando e discutindo, aprendendo com quem sabe e ensinando a quem não sabe.

A cerveja hacker do Garoa não é apenas fazer cerveja, mas compartilhar, trabalhar juntos para conseguir um resultado e aperfeiçoar, dominar o conhecimento e aprender mais, sempre mais. Hacker não tem título nem cara, tem conhecimento, e é julgado apenas pelo seu hack, no caso a cerveja que se produz. O Garoa é um espaço único com pessoas extremamente qualificadas, que fazem as coisas pelo prazer de fazer, e é isso que importa, e justamente por isso encontrará pessoas únicas que não estão preocupadas em ascender a títulos muitas vezes duvidosos, mas apenas em crescer em conhecimento prático que possa ser usado, por isso um espaço para fazer junto é importante, é essa congregação de pessoas, competências, paixões e resultados que culmina com algo real, uma boa cerveja, um excelente hack e muita diversão.

O hacking cervejeiro do Garoa é aberto a todos, basta achegar-se, observar e ir participando, não é um curso formal, aprende-se de forma dialética e prática, fazendo e perguntando, é bastante aberto mas funciona, e depende de você fazer funcionar, comece a ajudar, pergunte, ouça, participe e não fique parado, é um grupo buscando conhecimento. Contribua com o que tem e passe adiante o que aprendeu, depois de algumas “sessions” saberá mais do que quando entrou pela primeira vez e haverá novatos a quem seu novo conhecimento deve ser passado, se não sabe alguma coisa não tenha vergonha de perguntar e não fale o que não sabe, pergunte até conhecer bem, é esta atitude franca e frontal em relação ao conhecimento que deve ter um hacker, e assim, em bases sólidas sobre conhecimento podemos aperfeiçoar a nossa cerveja; e se ninguém souber responder, vamos procurar juntos a resposta. Este é o espírito do Hakerspace.


Como surgiu

Na lista de discussão de emails, o Luciano Ramalho propôs que fizéssemos um projeto na linha "biohacking" e sugeriu que fizéssemos cerveja no Garoa. Já haviam garoeiros que tinham certa experiência em fazer cerveja artesanal e estavam dispostos a passar o sagrado conhecimento cervejístico - dentre eles, SubNet, Tagliati, André Takegawa, Marcelo Maximo... e por aí vai.

Equipamentos e Recursos

Além da disseminação da cultura de produção de cerveja artesanal, os eventos de Brassagem Hacker geram uma própria receita dentro do Garoa com a venda das cervejas fabricadas. Todo o lucro gerado tem a finalidade de pagar pelos insumos gastos com as próprias cervejas consumidas e de financiar a compra dos próprios equipamentos para as Brassagens (no início das atividades, os equipamentos sendo usados são emprestados dos participantes). Toda a contabilidade da Gota Serena pode ser consultada na página do Caixa da Cerveja. Aceita-se doações e/ou pessoas para construir (o que for possível) das seguintes coisas (não necessariamente nessa ordem):

  • Fogão de fácil controle de temperatura.
  • Panelas para o cozimento e/ou resfriamento.
  • Fermentadores (hackable: galão de água + air lock + torneira)
  • Termômetro
  • Colocador de Tampinha
  • Controlador Automático de Temperatura
  • Mexedor automático
  • Resfriador
  • Uma BrewJacket

Encontros

É só chegar e dar pitacos no que fazer, ajudar com a preparação das cervejas, ensinar, aprender e beber, é claro.

Os encontros são esporádicos e de frequência proporcional à vontade de tomar cerveja. As atas dos encontros serão colocadas nessa página. Datas serão combinadas via lista de emails.


Próximo encontro - Sábado 27/09/14 - a partir de 12h00 meio dia

Vamos fazer um apresentação, palestra, bate-papo sobre brassagens, equipamentos, e experiências relacionadas. Uma nova brassagem. Engarrafar uma leva já feita. Teremos também as palestras-relampago e a Feira dos Projetos Parados.


Encontro - 01/04/14

Banner do Primeiro Encontro (01/04/14)

Otto - Nunca fez, quer fazer. Estudante de química da USP. Interesse: construir equiopamentos de biohacking que possam ajudar a (espectofotometro, medidor de pH)

Nessoila - Nunca fez, quer fazer. Interesse: aprender a fazer a própria cerveja. Conhece uma grande quantidade dos manjadores de fabricação de cerveja por São Paulo a fora.

Michael - Nunca fez, quer fazer. Vai fazer pão de malte também. + faz fermento de pão e muitos experimentos culinários.

Leandro - Nunca fez, quer fazer. Veio para o Arduino, mas ficou para a cerveja.

Ana - Cervejeira, escritora. Já faz cerveja, virando sommelier de cerveja. Pode ajudar a gente a fazer.

Andre T. - Capixaba, que é mineiro, e não carioca. Nunca fez cerveja, mas tem equipamento. Quer beber.

Leandro - Programador e empreendedor. Quer aprender a fazer cerveja. Já visitou a fábrica da BadenBaden (em Campos do Jordão).

Milton Akira - Programador. Nunca fez cerveja, quer fazer. Já foi na fábrica da Baden Baden.

José (famigerado Zé) - Nunca fez, quer fazer. Manja dos paranauês de produção... mas de plástico.

Jason - Trabalha com suporte técnico, é de Mauá. Nunca fez cerveja, quer fazer. Quer fazer cerveja de trigo (quer mesmo, o cara veio de Mauá)!

Marcos - Desenvolvedor WEB. Tem experiência em tomar cerveja, nunca fez. Quer muito aprender a fazer cerveja.

SubNet - Chegou um pouco depois do início da reunião. Já fez cerveja, quer ensinar e fazer cerveja no Garoa um dia. Pode emprestar equipamentos.

A Ideia Geral Como Fazer uma Cervejinha Artesanal

Fazendo uma APA Pale Ale

(Explicado por Andre T.)

  1. Em uma panela grande, aquecer água a 68º e manter a temperatura estável.
  2. Colocar o Malte na panela.
  3. Deixar algum tempo esquentando (esse tempo é crucial, mas o Andre não lembra o tempo).
  4. Filtragem pela bazuca (Bazuca!?) para tirara impurezas.
  5. Aumentar a temperatura para ferver.
  6. Adicionar Lúpulos para acrescentar sabor, odor e amargor. Isso fica a gosto do cervejeiro e o quanto colocar de diferentes lúpulos é relativamente arbitrário.
  7. Esperar um tempo (Andre não especificou o tempo).
  8. Resfriar rapidamente para 20ºC.
  9. Adicionar fermento (levedura).
  10. Deixar fermentar, maturar e fazer primming (retirar gás carbônico).
  11. Esperar fermentar por uns 30 dias.
  12. Beber com os colegas e ser feliz.
Fazendo uma Cerveja a lá SubNet

(Explicado pelo SubNet)

  1. Moer Cevada e Grãos.
  2. Fazer o "Xarope": Colocar tudo em uma panela de 20 litros a 72ºC por uma hora.
  3. Filtrar e recolher o Filtrado (a parte líquida).
  4. Diminuir a temperatura para 60ºC e adicionar o lúpulo, esperando cerca de 60 minutos.
  5. Dar um choque térmico com gelo e adicionar o levedo.
  6. Colocar em um balde com Air Lock e deixar por uma semana a temperatura ambiente (20-25ºC). Para saber o fim dessa etapa, basta conferir se a coisa toda não está produzindo mais gás (usar uma bexiga para medir isso).
  7. Colocar 20g de Açúcar por litro de cerveja sendo produzida.
  8. Engarrafar e aproveitar!

Próximos Passos

  • Decidir - Escolher Receita em duas semanas a partir do dia dessa reunião.
  • Decidir - Já fazer cerveja no próximo encontro?
  • Receita - Usar essa referência inicialmente para guiar melhor a escolha a receita e etc. Um dos parâmetros para escolha da receita deve ser a minimização de equipamentos.
  • Equipamento - Com a receita escolhida, fazer a lista dos componentes necessários e fazer um crowdsource dos recursos.
  • Equipamento - Usar garrafas de 1L ordinárias e comprar tampinhas no mercado livre. Usar um equipamento do André T. para fixar as tampinhas.
  • Datas - Será preciso nos encontrarmos no final de semana. Decidir: Sábado ou Domingo?
  • Datas - A Brassagem será feita em algum dia no mês de Maio devido a condições climáticas de temperatura favoráveis. Decidir qual será o dia quando a época de realização da brassagem ficar mais próxima.
  • Nome - "Degustar para nomear" (André T., 2014).

Encontro de 22/05/14 - Primeira Brassagem

Dia em que a cerveja foi feita de fato, haviam muitos presentes, dentre eles:

  • Otto (aprendiz & agitador)
  • Marcelo Maximo (mestre cervejeiro)
  • André Takegawa (mestre cervejeiro)
  • SubNet (mestre cervejeiro & agitador)
  • Rodolfo Stangherlin (mestre cervejeiro & agitador)

A receita usada foi a sugerida pelo Tagliati:

  • 4,7 Kg de malte Pale Ale
  • 0,1 Kg de malte Cara 120
  • 0,1 Kg de malte Castel Cristal 150
  • cerca de 40 g de Lúpulo East Kent Goldings
  • sachê de fermento US - 05

Ainda é precisa uma descrição detalhada da metodologia da brassagem nessa página.

Encontro de 03/06/14

Dia de engarrafamento - o único engarrafamento em que se fica feliz em São Paulo. O Tony de Marco fez os rótulos para a cerveja. Ficou decidido na lista de emails que o nome da cerveja seria "Gota Serena" - a outra opção era "Pinga", mas poucos entenderam a piada irônica. Estavam presentes só:

  • Otto (raspador de rótulo não-gôtico-sereno, lavador de garrafa e operador de tampador)
  • SubNet (apoiador moral segurador de tampador)
  • Oda (colador de rótulo e artista de tampinha)

Em cada garrafa, de em média 600 mL, foi colocado um sachê de 5g de açúcar, previamente providenciado pelo Marcelo Maximo (ou foi o Takegawa?). É esse açúcar que vai induzir a geração do gás da cerveja (CO2), numa segunda pequena fermentação diretamente na garrafa. Vale lembrar que é realmente muito divertido colocar as tampas.


Encontro de 09/08/14 - Segunda Brassagem

Foi feito o engarrafamento da brassagem anterior E uma nova brassagem. Linha de produção total!

Encontro de 30/08/14 - Terceira Brassagem

Esse dia de brassagem carece de fotos! [Colocar fotos!]

Encontro de 27/09/14 - Quarta Brassagem

Esse dia de brassagem carece de fotos! [Colocar fotos!]

Encontro de 15/11/14 - Quinta Brassagem

Encontro de 31/01/15 - Sexta Brassagem

Rótulo da cerveja preta do Garoa Hacker Clube, a Black Bloc

Dessa vez fizemos uma nova receita: a Stout, ou cerveja preta. O magnífico ministro da propaganda do Garoa nos presenteou com esse incrível rótulo para essa nova cerveja batizada de "Black Bloc", em homenagem a um dos controversos personagens protagonistas das recorrentes manifestações contra "o sistema" - seja ele qual for.

A receita para a Black Bloc foi recomendação da cervejaria-escola Sinnatrah e basicamente mudam-se os grãos usados na brassagem, mantendo-se o mesmo procedimento. A única diferença é no primming: coloca-se 5g de açúcar por litro, ao contrário dos 10g da American Pale Ale. Segue abaixo a combinação de grãos, lúpulo e levedura:

  • 2 Kg de malte Chateau Pale Ale Belga
  • 1 Kg de malte Agrária Pilsen
  • 1 Kg de malte Weyermann CaraRed
  • 500g de malte Chateau Black Belga
  • 30g de Lúpulo Hallertau Hercules
  • Fermento Fermentis S04

Encontro de 02/05/15 - Sétima Brassagem

Cerveja RED LED engarrafada (30/05/15)

Dessa vez fizemos uma Irish Red Ale, batizada de Bloody Saturday.

A receita para a Bloody Saturday foi conseguida pelo Subnet na escola Sinnatrah:

  • 4,5 Kg de malte Maris Otter
  • 150g de malte Caramelo 40L
  • 100g de malte Caramelo 120L
  • 100g de cevada preta torrada
  • 15g de Target (10%) - adicionado durante vervura, 60min
  • 10g de Lúpulo Irish - adicionado durante vervura, 15min
  • Fermento Fermentis S04

Primeiro esquentamos 15L de água a 67 graus, adiciona-se a cevada moída e deixa descansar por 60 minutos. Após isso, o mosto é fervido até 75 graus e deve permanecer nessa temperatura por 15 minutos.