Hibrida/CyBaby
CyBaby
autoras: Lina Lopes & Diana Muggler Lopes Moreira
CyBaby é um projeto voltado a monitoração dos padrões eletroencefalográficos (EEG) de um recém-nascido. Taxa de respiração, frequência do pulso, temperatura, atividade eletrodermal, impedância cardiográfica e acelerometria são alguns dos dados possíveis de se obter por meio de sensores/eletrodos. Todos estes dados constituem uma espécie de assinatura cerebral. O propósito de CyBaby é conhecer a assinatura no momento em que esta está se formando, examinando e gravando os primeiros estímulos no mundo, tais como mamar, evacuar reconhecer a face e o som da voz do pai e da mãe, olhar e sentir texturas, etc.
CyBaby é um experimento poético que visa transformar esta coleta e registro de dados em um material tangível em audio e vídeo digitais. É uma proposta de transcodificação rudimentar dos pensamentos de um recém vindo ao mundo antes que este aprenda a(s) linguagem(ns) de comunicação.
Metodologia
Para realizar CyBaby foram pensados dois núcleos centrais de desenvolvimento. Os hardwares e gadgets disponíveis no mercado ou a possibilidade de se fazer um para este fim e os softwares que farão a leitura e gravação dos dados, bem como a transposição destes para audiovisual.
Maquinarium
A Neurosky, e a Emotiv, por exemplo, já disponibilizam dispositivos pessoais de baixo custo para leitura de ondas cerebrais. E seus devices já estão preparados para captar as ondas cerebrais e utilizá-las das mais diferentes formas a partir de programas de computador. Além destas empresas, para a pesquisa de viabilidade do CyBaby, há o projeto open source, OpenEEG que apresenta circuitos esquemáticos de como montar seu próprio monitor eletroencefalográfico.
Imaginarium
Para a integração do dispositivo com o computador, foi pensado o uso de frameworks de programação como Processing ou OpenFrameworks. Estas seriam as ferramentas usadas no projeto CyBaby para a criação do banco de dados de registro das ondas cerebrais do bebê e plataforma de visualização das experiências em que este encontra-se envolvido em seus primeiros meses de vida. Ao final, se for possível catalogar um número significante de registros a fim de identificar padrões cerebrais, o próprio bebê poderia controlar as imagens de visualização, oferecendo-nos uma performance de live image única.